Já faz um tempo que me deparei, olhando por aqui e acolá, com uma notável releitura de uma das pinturas mais icônicas do artista James Tissot, "The Convalescence", elaborada em meados do século XIX. Para alguém que admira o talento e refinamento de Tissot em representar cenas do cotidiano parisiense à época, era simplesmente um achado: um diamante reluzente num leito de um grande rio. A releitura da Ana demonstra não só uma extraordinária capacidade artística em absorver todo o impacto emocional e estético por detrás da realização deste quadro (uma visão extremamente sensível de uma mulher em plena recuperação versus a ambiguidade com o qual o tema era tratado à época), mas uma verdadeira reverência ao original com o seu próprio toque pessoal, presente na sua capacidade técnica percebida em cada pincelada
elaborada, bem como na precisa escolha de uma paleta de cores que mantém atual a elegância da obra. E como se isso não fosse o suficiente, havia a própria alma da Ana ali? Mesmo não tendo tido o grande prazer em conhecê-la pessoalmente, pude perceber em nossas conversas que havia na sua releitura toda a sua intensidade, mas contraditoriamente também a sua serenidade, seu acolhimento e no fim toda a sua presença esperançosa de que tudo ao cabo dará certo! Em suma: Ana Freví É uma Artista de Respeito! Seu quadro hoje tem um local de destaque em minha casa, e é impossível passar por ele despercebidamente!